sábado, 29 de outubro de 2011

Nas ondas do rádio e da televisão


Grande parte da minha vida (até parece que eu tinha muita vida naquela época), passei assistindo televisão. Gostava muito de ver novelas. Era tão vidrado que até em festas eu dava um jeito de descolar uma televisão, só para não perder o capítulo de meu folhetim predileto. 

Hoje em dia, não assisto mais novelas, então não posso dar uma visão mais clara sobre o assunto, a ponto de dizer se as novelas tem qualidade ou não. Digo isso porque a gente tem a mania de dizer que a vida só era boa no passado. Mas acredito que ainda tenha boas histórias na teledramaturgia de hoje, é só parar para prestar atenção.

Por tradição, as novelas das 19 horas sempre caíram para o tema comédia. Talvez esse fosse fator determinante para prender a minha atenção na frente da telinha. Eram de tão boa qualidade que fica até difícil apontar essa ou aquela. O que me impressionava era o fato de sempre no final de cada capítulo, o autor deixar um suspense no ar, só para a gente ter de assistir no dia seguinte, na maior expectativa, na maior curiosidade.

Eu me lembro de várias novelas. Vou tentar puxar algumas da memória: Jogo da vida, Vereda tropical, Chega mais, Guerra dos sexos, Elas por elas, Cambalacho, Brega e chique, Ti, ti, ti, Que rei sou eu?, Bebê a bordo. A ordem, especificamente, não é essa, mas sei que a última assistida por mim, foi Top model, no ano de 1989. Essa novela me traz ótimas recordações, principalmente pela trilha sonora. O último capítulo, aquele  reprisado no sábado, eu estava na rua, e todas as televisões estavam no volume mais potente. Dava para ouvir em alto e bom som: “Hey jude, não fique assim, sabe a vida, ainda é bela...”,  na belíssima interpretação do  KiKo Zambianchi.

Não tenho nenhuma atriz ou ator predileto, mas não posso deixar de destacar aquela cena antológica entre Fernanda Montenegro e Paulo Autran, na novela "Guerra dos Sexos".  Quem não se lembra daquele café da manhã, onde os dois se lambuzaram dos pés à cabeça?

De 1989 para cá, nunca mais fiquei na frente de uma televisão para assistir novelas. Pra falar a verdade, não consigo ficar um segundo sequer assistindo. Se me perguntarem qual é a novela das 19 horas, só sei que é “Aquele beijo” porque é do Miguel Falabella, meu escritor predileto.

Eu ia escrever sobre o meu prazer de escutar rádio e sobre o fetiche que eu tenho por algumas apresentadoras de telejornal, mas o texto caiu para o lado das novelas. Até o título, eu coloquei primeiro.
Mas como o que vale é o suspense do que vai vir no próximo capítulo, não vou mais escrever sobre esse tema. Digamos que ele perdeu a graça. É a mesma coisa de contar o final da novela. Para não ficar no vazio, deixo apenas minha admiração por Ana Luiza Guimarães, apresentadora do Bom dia Rio, da rede Globo, e Carla Ramos, apresentadora do repórter Rio, da TV Brasil.