Final
de ano chegando não tem como não falar de festas. Eu, particularmente, tive
pouquíssimos Natais. Para falar a verdade, dá até para contá-los nos dedos. Praticamente,
eles aconteceram na infância e no início da minha adolescência. Depois,
nunca mais.
Quem
organizava essas festas natalinas era a minha madrinha Doris. Lembro que ficava
um clima fraterno pairando no ar, pois até alguns vizinhos participavam. A ceia
era simples, mas repleta de calor humano. Havia uma vizinha que todo ano tomava
um pilequinho. Aí, era diversão na certa. E eu, como sempre, quieto no meu
cantinho, observando tudo na maior introspecção.
É
comum dizerem que o Natal virou uma festa comercial. Bom, não quero cair na
vala comum do pensamento filosófico e dizer que não existe mais sentimento
fraterno. Existe sim. Nem tudo foi contaminado. De fato, no final de ano, as
pessoas ficam mais sensíveis e emotivas. Cheguei a essa conclusão nessa tarde
chuvosa de Domingo. De repente, bateu uma saudade dentro de mim. Estou com
vontade de reencontrar algumas pessoas. E isso não é de acontecer comigo, assim
com essa idéia de confraternização. Daí, é que veio para mim uma outra visão dessa
festa chamada Natal.
Ainda
estamos no final de Novembro, ou seja, ainda falta muito para o Natal, mas
espero, desde já, ter a oportunidade de rever algumas pessoas pelas quais eu
tenho um carinho especial.