quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O poeta maior



 A estátua de bronze do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro


Se estivesse vivo, Carlos Drummond de Andrade estaria fazendo 110 anos nesse último dia 31 de outubro. Definitivamente, ele é o meu poeta predileto. Eu tinha 15 anos quando comecei a prestar a atenção nos seus versos. E a poesia que cito abaixo, foi a que inaugurou dentro de mim todo esse sentimento de admiração:

O tempo passa? Não passa

 
O tempo passa? Não passa no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima cada vez mais,
nos reduz a um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada, transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário é um nascer toda hora.
E nosso amor, que brotou do tempo,
não tem idade, pois só quem ama escutou o apelo da eternidade.

Eu poderia comentar sobre todos os livros e poesias que eu já li desse grande poeta, mas penso que por mais que eu procure uma maneira de colocar no papel digital algo que expresse o que representa Carlos Drummond de Andrade para a literatura brasileira, jamais eu conseguirei. Então, deixo apenas o meu agradecimento:

Obrigado, Drummond!!!

Obs: Já vi inúmeras estátuas de bronze por aí, sendo que uma pior do que a outra, mas essa do Drummond, ficou perfeita. Quem a fez, seguiu rigorosamente a sua feição compenetrada.

 

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