A estátua de bronze do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Se estivesse vivo, Carlos
Drummond de Andrade estaria fazendo 110 anos nesse último dia 31 de outubro.
Definitivamente, ele é o meu poeta predileto. Eu tinha 15 anos quando comecei a
prestar a atenção nos seus versos. E a poesia que cito abaixo, foi a que
inaugurou dentro de mim todo esse sentimento de admiração:
O tempo passa? Não passa
O
tempo passa? Não passa no abismo do coração.
Lá
dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção.
O
tempo nos aproxima cada vez mais,
nos
reduz a um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz.
Não
há tempo consumido nem tempo a economizar.
O
tempo é todo vestido de amor e tempo de amar.
O
meu tempo e o teu, amada, transcendem qualquer medida.
Além
do amor, não há nada, amar é o sumo da vida.
São
mitos de calendário tanto o ontem como o agora,
e
o teu aniversário é um nascer toda hora.
E
nosso amor, que brotou do tempo,
não
tem idade, pois só quem ama escutou o apelo da eternidade.
Eu
poderia comentar sobre todos os livros e poesias que eu já li desse grande
poeta, mas penso que por mais que eu procure uma maneira de colocar no papel
digital algo que expresse o que representa Carlos Drummond de Andrade para a
literatura brasileira, jamais eu conseguirei. Então, deixo apenas o meu
agradecimento:
Obrigado,
Drummond!!!
Obs: Já vi inúmeras estátuas de bronze por aí, sendo que uma pior do que a outra, mas essa do Drummond, ficou perfeita. Quem a fez, seguiu rigorosamente a sua feição compenetrada.
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