sexta-feira, 27 de julho de 2012

Felicidade





 

Eu sempre gostei de colecionar recortes de jornal. Ganhei esse hábito inspirado no meu pai. Uma vez, ele me deu um recorte de jornal que falava sobre o aquecimento global. Não foi a partir desse recorte que comecei a ter essa “mania”, mas, tempos depois, me serviu de incentivo para, com a tesoura, começar a recortar as matérias que mais me agradavam. Infelizmente, com o tempo, me desfiz de vários recortes, e deixei de lado essa prática tão saudável.

Outra coisa que eu gosto muito de fazer, é gravar programas de televisão. Eu fiz questão de preservar o meu vídeo k7. Nos dias de hoje, é raro ver uma pessoa que tenha um desses, devido à nova tecnologia que nos assola. Eu gravo 2 ou 3 programas por semana, para assistir quando tiver tempo hábil, já que passam muito tarde da noite. 

Nessa última quinta-feira, eu gravei o programa do Pedro Bial, “Na moral”, que começa a passar às 23h50m, portanto, muito tarde. Então, eu tenho que gravar mesmo! Ele sempre convida alguém para ficar de DJ. Dessa vez, quem ocupou essa função foi a Camila Pitanga, tocando algumas canções sobre felicidade, que era o tema do dia. E eu achei muito bonita a forma como eles se cumprimentaram: “a gente tem sempre que ficar nessa distância? Não tem um beijo? Um abraço?”, dizia a atriz Camila Pitanga para um Pedro Bial se aproximando no intuito de receber um abraço e um beijo repleto de calor humano. Esqueci de dizer: eles estavam muito felizes.


O "Na moral" transcorreu dando definições sobre a felicidade. Falou sobre budismo, meditação, remédios controlados, enfim, o "vale tudo na busca de felicidade", até chegar à célebre filosofia de que a felicidade está nas pequenas coisas. Ou seja, para ser feliz não é preciso fazer grandes manobras. 

Pedro Bial é um jornalista de mão cheia. Seus textos são de muita criatividade. Sem falar que ele é um excelente narrador. Infelizmente, se queimou, apresentando o Big Brother Brasil. Para encerrar o “Na moral”, que eu tive o privilégio de gravar, ele soltou a seguinte preciosidade , transcrita por mim através de sua própria narração:

Felicidade

Felicidade é...   a busca da felicidade. Ou melhor: felicidade é ter direito à busca da felicidade. Os fundadores dos Estados Unidos foram muito felizes ao enunciar na declaração de independência americana: Todo homem tem direito à busca da felicidade. E felicidade não é sinônimo de alegria. Você pode muito bem ser feliz e estar triste, ou alegre. E para ser feliz não é preciso fechar os olhos para o sofrimento alheio que tantas vezes nos rodeia. A felicidade não está na indiferença. A felicidade não estava nos planos da natureza, é uma invenção humana. E não existe felicidade obrigatória, ou uma única receita para a felicidade. Felicidade é algo pessoal e, sim, às vezes, transferível! Poucas coisas nos fazem mais feliz do que ver quem a gente ama, feliz. Quer saber? Não se chega nunca à felicidade. A felicidade está no caminho. Eu, por exemplo, sigo em frente, felizmente.

Para mim, posso dizer que felicidade foi eu ter assistido a um programa divertido, criativo e dinâmico. Parabéns, Pedro Bial!