Depois de um longo e
tenebroso inverno, eu fui à Igreja, domingo passado. Fazia um bom tempo que eu
não assistia tanto o culto da manhã quanto o da noite. Infelizmente, o Pastor
Carlos Elias estava de férias. Eu gosto muito de suas mensagens. Apesar de ele
ser uma pessoa bastante jovem, suas reflexões são bastante proveitosas.
Quem pregou foi um outro
rapaz, também bem jovem, de nome Bruno. Ele fez a mensagem em torno do livro de
Oséias, um dos profetas menores da bíblia. Em sua explanação, foi até bastante
didático, contando, em detalhes, fatos que só descobrimos quando estudamos a
história do povo de Israel. Gostei muito do que ouvi.
Terminado o culto,
fui direto para o ponto de ônibus, pois não sou de ficar para cumprimentar ninguém. E olha que eu fiquei de ir dar um “alô” para Márcia, minha
dentista, e seu marido, o Pastor Anderson, que são pessoas da minha consideração, porém, não o fiz; preferi sair
rápido, para não perder o crédito do meu Rio card. Estou com essa tática agora:
procuro chegar um pouco mais tarde no culto. Explico a razão: é que dentro de
um período de 2 horas, eu pago apenas uma passagem. Como o culto dura pouco
menos que isso, dá tempo perfeitamente de economizar.
Como de costume, peguei o
ônibus 822. Seus bancos já devem ter a marca da minha região glútea, de tanto
que já viajei nessa linha. (não quis escrever “bunda” para não ferir o decoro)
Quando chegou em baixo do viaduto da Rua Campo Grande, me veio um pensamento sem pé nem cabeça. Na
ocasião, era dia da feira de domingo, portanto, estava repleto de gente ali. De
dentro do ônibus, fiquei olhando para aquele povo lá de fora, imaginando que o veículo
em que eu me encontrava pudesse ser um grande aquário. Ou seja, do outro lado
do vidro da janela, observadores espreitando um ser irracional. Também pensei o
contrário: lá fora um infinito aquário, e eu do lado de cá do vidro olhando
para seres irracionais. Digo, irracionais, porque ninguém me cumprimentou. Desde
quando peixe cumprimenta alguém?
Na parte da tarde, para
complementar o meu domingo, assisti a vitória do Flamengo, por 2 a 1, sobre o
Bahia. Logo que terminou o jogo, assim, de repente, ganhei ânimo, e fui para a Igreja.
Para falar a verdade, o que me motivou, foi saber que quem iria pregar, era o
Anderson.
Eu conheci o Anderson na
igreja Batista que eu freqüentava, no bairro São Basílio. Ele, além de oficial
da PM, também é pastor. Antes mesmo de entrar para o seminário, já demonstrava
um enorme talento para pastorear. Esse, realmente, recebeu um chamado de Deus.
Em suas mensagens, o
Pastor Anderson prega muito sobre família. Dá para perceber claramente o quão
ele é dedicado em seu lar. Dessa vez, ele pregou sobre que tipo de preocupações estão nos assolando. O
que me surpreendeu, foi descobrir que 92% de nossas preocupações não acontecem.
Apenas 8% é que deve ter atenção por nossa parte, o restante é tudo neurose. Isso
me deu um alívio muito grande.
É claro que não tomo essa estatística
como regra de vida, até mesmo para não cair na certeza da impunidade. Ela, para
mim, só serve para efeito de constatações. Realmente, tem tudo a ver.
Como, ao longo da vida
afora, eu me preocupei à toa!!!
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