quarta-feira, 18 de julho de 2012

92%


                          
Depois de um longo e tenebroso inverno, eu fui à Igreja, domingo passado. Fazia um bom tempo que eu não assistia tanto o culto da manhã quanto o da noite. Infelizmente, o Pastor Carlos Elias estava de férias. Eu gosto muito de suas mensagens. Apesar de ele ser uma pessoa bastante jovem, suas reflexões são bastante proveitosas.

Quem pregou foi um outro rapaz, também bem jovem, de nome Bruno. Ele fez a mensagem em torno do livro de Oséias, um dos profetas menores da bíblia. Em sua explanação, foi até bastante didático, contando, em detalhes, fatos que só descobrimos quando estudamos a história do povo de Israel. Gostei muito do que ouvi.

Terminado o culto, fui direto para o ponto de ônibus, pois não sou de ficar para cumprimentar ninguém. E olha que eu fiquei de ir dar um “alô” para Márcia, minha dentista, e seu marido, o Pastor Anderson, que são pessoas da minha consideração, porém, não o fiz; preferi sair rápido, para não perder o crédito do meu Rio card. Estou com essa tática agora: procuro chegar um pouco mais tarde no culto. Explico a razão: é que dentro de um período de 2 horas, eu pago apenas uma passagem. Como o culto dura pouco menos que isso, dá tempo perfeitamente de economizar.
Como de costume, peguei o ônibus 822. Seus bancos já devem ter a marca da minha região glútea, de tanto que já viajei nessa linha. (não quis escrever “bunda” para não ferir o decoro) Quando chegou em baixo do viaduto da Rua Campo Grande, me veio um pensamento sem pé nem cabeça. Na ocasião, era dia da feira de domingo, portanto, estava repleto de gente ali. De dentro do ônibus, fiquei olhando para aquele povo lá de fora, imaginando que o veículo em que eu me encontrava pudesse ser um grande aquário. Ou seja, do outro lado do vidro da janela, observadores espreitando um ser irracional. Também pensei o contrário: lá fora um infinito aquário, e eu do lado de cá do vidro olhando para seres irracionais. Digo, irracionais, porque ninguém me cumprimentou. Desde quando peixe cumprimenta alguém?

 Na parte da tarde, para complementar o meu domingo, assisti a vitória do Flamengo, por 2 a 1, sobre o Bahia. Logo que terminou o jogo, assim, de repente, ganhei ânimo, e fui para a Igreja. Para falar a verdade, o que me motivou, foi saber que quem iria pregar, era o Anderson.

Eu conheci o Anderson na igreja Batista que eu freqüentava, no bairro São Basílio. Ele, além de oficial da PM, também é pastor. Antes mesmo de entrar para o seminário, já demonstrava um enorme talento para pastorear. Esse, realmente, recebeu um chamado de Deus.

Em suas mensagens, o Pastor Anderson prega muito sobre família. Dá para perceber claramente o quão ele é dedicado em seu lar. Dessa vez, ele pregou sobre  que tipo de preocupações estão nos assolando. O que me surpreendeu, foi descobrir que 92% de nossas preocupações não acontecem. Apenas 8% é que deve ter atenção por nossa parte, o restante é tudo neurose. Isso me deu um alívio muito grande.

É claro que não tomo essa estatística como regra de vida, até mesmo para não cair na certeza da impunidade. Ela, para mim, só serve para efeito de constatações. Realmente, tem tudo a ver.
Como, ao longo da vida afora, eu me preocupei à toa!!!



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