quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Touch Screen



Estava eu na minha bicicletinha a caminho do meu trabalho quando me deparei com a seguinte cena: uma menina absorta, no banco de um ônibus, com o seu smartphone. Até aí, nada demais. O problema é que é um tipo de situação que já virou rotina. Ou seja, muitas vezes, estamos conversando, e uma pessoa está deslizando o dedo na tela do celular. Como isso irrita! Por que não nos dá atenção?

Sei que são resquícios da modernidade. Eu mesmo, quando não tenho nada para fazer, fico navegando nas ondas da rede. Só que, tudo tem um limite. O que eu estou vendo por aí, já está beirando o absurdo. Por exemplo: outro dia eu vi um sujeito de moto, debaixo de chuva, digitando no teclado virtual do celular. Sem falar daqueles que fazem caminhada com os olhos congelados nas redes sociais.

Temo por essa tal geração Y que está vindo por esse mundo a fora. Antes, quando não tínhamos essa tecnologia toda, éramos obrigados a pensar. Agora, não, pois o computador, praticamente, faz tudo. Será que estamos criando cérebros sedentários?
Outra questão que me assusta um pouco é o fato das escolas, cada vez mais, estarem adotando o uso de computadores em salas de aula. Para mim, nada substitui livros, papel, lápis e caneta. Não estou sendo retrógrado, porém, a meu ver, a informática, apenas serve como complemento para auxiliar nos estudos. Sem falar dos malefícios à saúde que ela pode causar, tais como: problemas de visão, coluna, lesão por esforço repetitivo (LER), e o tão temido vício cibernético, que pode induzir a troca da vida social pela virtual. 

Depois que eu vi aquela adolescente totalmente desligada de tudo, entretida no seu celular, na viagem daquele ônibus, que seguiu não sei para onde, eu fiquei pensando: Livros não tem touch screen. Deve ser por isso que muita gente não aprecia uma boa leitura.







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