
O campeonato brasileiro de 1987 foi um dos que eu mais acompanhei de perto. Ele surgiu de um rompimento dos clubes com a CBF (confederação brasileira de futebol), recebendo o nome de Copa União. Ganhou essa denominação porque foi patrocinado por uma marca de açúcar de mesmo nome.
Na ocasião, os clubes alegavam que queriam moralizar o futebol brasileiro. E como medida principal fizeram um campeonato só com os clubes de maior torcida do país. Foi um campeonato com 16 clubes, bem menos do que era antes, que chegara a ter, pelo menos, mais de 80 equipes. Durante muito tempo eu fiquei pensando que aquela competição continha apenas 13 clubes, justamente porque o grupo que os “cartolas” fundaram se chamava Clube dos 13.
Como não poderia ser diferente, o Flamengo foi o campeão. Na reta final do campeonato deu uma arrancada sensacional, fato que já virou uma marca registrada do time: começa mal das pernas, mas, conforme a competição vai avançando, acaba se superando. Foi assim em 1992 e 2009, quando se tornou Hexacampeão brasileiro, gerando uma polêmica que já dura 25 anos, pois a competição de 1987, não fora organizada pela CBF, que dera o título para o Sport Clube Recife, time competidor da segunda divisão daquele ano.
Na Copa União, lembro perfeitamente que o Atlético Mineiro, treinado pelo grande Telê Santana , tinha um timaço e estava invicto até enfrentar o Flamengo nas semi-finais. O que me impressionava naquele time do Atlético era o seu toque de bola e o poder de marcação, ocupando todos os espaços do campo. Eles tinham um ponta-direita chamado Sérgio Araújo, que infernizava as defesas adversárias. Cada vez que esse sujeito pegava a bola, eu ficava com o coração na mão.
Foram dois jogos memoráveis: um no Maracanã e outro no Mineirão. O Flamengo ganhou o primeiro jogo de 1 a 0, gol de Bebeto. Já no segundo jogo, em pleno Mineirão, venceu por 3 a 2, com gols de Bebeto, Zico e Renato gaúcho. Confesso que na época demorei para acreditar que o Flamengo tivesse conseguido tamanho êxito, mas se tratando de Flamengo, nós nunca podemos duvidar.
Os jogos da grande final foram contra o Internacional de Porto Alegre. O primeiro confronto, no Beira-Rio, terminou empatado em 1 a 1, com um gol de Bebeto. E no segundo jogo, com um Maracanã lotado, debaixo de muita chuva, Bebeto (sempre ele) superou Taffarel, fazendo o gol do título com um passe de Andrade.
Com o passar dos anos, infelizmente, acabei perdendo o fascínio pelo futebol. Hoje em dia, se me perguntarem qual é o time do Flamengo, eu não sei. Até mesmo o time do Flamengo, campeão de 2009, eu também não sei. E olha que isso é recente! Mas o time de 1987, eu sei de cor o escrete, tamanha a sua importância para mim. Ele tinha a seguinte escalação: Zé Carlos, Jorginho, Leandro e Edinho; Leonardo, Zinho, Andrade, Ailton e Zico; Bebeto e Renato Gaúcho.
Para mim, está sendo muito difícil apontar um destaque para esse time campeão. Eu poderia dizer que foi o Zico, o grande ídolo da torcida; também poderia citar o Bebeto, porque fez gols nos quatro últimos jogos, enfim, todos foram brilhantes no decorrer daquela competição. Porém, eu vou deixar esse destaque para o treinador Carlinhos, um sujeito enrustido e de voz fina. Esse, com certeza, derrubou várias previsões contrárias, pois ninguém levava fé nele. Violino, como era conhecido na década de 1960, surpreendeu ainda mais, pois trouxe para a Gávea, o brasileiro de 1992, três cariocas (1991, 1999 e 2000), duas Taças Guanabaras (1988 e 1999), duas Taças Rios (1991 e 2000) e a extinta Copa Mercosul de 1999.

Obrigado, Carlinhos!!!
Para mim, está sendo muito difícil apontar um destaque para esse time campeão. Eu poderia dizer que foi o Zico, o grande ídolo da torcida; também poderia citar o Bebeto, porque fez gols nos quatro últimos jogos, enfim, todos foram brilhantes no decorrer daquela competição. Porém, eu vou deixar esse destaque para o treinador Carlinhos, um sujeito enrustido e de voz fina. Esse, com certeza, derrubou várias previsões contrárias, pois ninguém levava fé nele. Violino, como era conhecido na década de 1960, surpreendeu ainda mais, pois trouxe para a Gávea, o brasileiro de 1992, três cariocas (1991, 1999 e 2000), duas Taças Guanabaras (1988 e 1999), duas Taças Rios (1991 e 2000) e a extinta Copa Mercosul de 1999.
Obrigado, Carlinhos!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário