sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um real de felicidade

    

Eu vou acabar usando fraldas! ‘Tá rindo? É que eu tenho um problema crônico: toda hora tenho que ir ao banheiro. Isso, para mim, é um martírio. Na rua, já me vi várias vezes em apuros. Fazer no poste, feito um cachorro, não pode; porque a guarda municipal prende e leva para a delegacia.

 Concordo que não é nada legal fazer as suas necessidades fisiológicas à vista de todos, sem cerimônia alguma. Mas chegar ao cúmulo de levar para a delegacia, já é um pouco demais.  Para mim, cabível, seria apenas uma advertência. Penso que as autoridades têm coisas mais importantes para se preocupar, ao invés de ficar prendendo “mijões” por aí. Sem falar que, em grandes eventos, o número de banheiros químicos, é sempre insuficiente. 

Uma outra situação também me afligi bastante: volta e meia, chego atrasado ao trabalho. Pode parecer desculpa, mas não é. O fato é que tenho problemas emocionais todas as manhãs.  Ou seja, se eu não estiver plenamente equilibrado psicologicamente, eu não saio de casa. Eu só alcanço esse equilíbrio com 15, 20 minutos de pura meditação, posteriormente ao café da manhã. Já li muitos livros nesses momentos. Não há espanto algum nisso, pois até Renato Russo disse que fez a música “Pais e filhos” no banheiro. Então, não é um local que só sai m...

Dinheiro traz felicidade? Acredito que sim. E tenho motivos suficientes para acreditar nessa possibilidade tão questionada por tantos. Cheguei a essa conclusão quando tive um sério problema emocional. Nesse dia, eu não estava me sentindo muito bem, mas achei que iria melhorar, e acabei indo para a rua assim mesmo. Como gosto de andar a pé, fui para o centro de Campo Grande dessa forma.

Chegando próximo à Igreja Nossa Senhora do desterro, bateu em mim aquela crise existencial. Rapidamente, atravessei a rua e me encaminhei para o seu interior.  Para rezar? Antes fosse. Para o meu desespero, não vi ninguém ali dentro que pudesse me auxiliar. Fazer o quê? De repente, como num lampejo, a minha mente clareou. Na hora, eu lembrei do shopping que fica logo ao lado. Saí correndo e fui para lá. Fazer compras? Antes fosse. Era algo de vida ou morte. Subi as escadas e avistei a roleta. Sem pensar muito, saquei um real da carteira. E o que é melhor, esse “um real” me deu direito a papel higiênico e sabonete cheiroso. Depois dizem que dinheiro não traz felicidade.
 
 Até tenho mais um caso que aconteceu comigo para contar, mas está batendo uma... Voltei!!! Meditar é preciso. Foi assim. Mais uma vez eu saí de casa sem estar em perfeitas condições emocionais. Dessa vez, fui de bicicleta. E como de costume, a deixei no estacionamento de bicicletas da Rua Campo Grande, cuja diária é de R$ 1,00, e rumei para o calçadão. Logo, quando atravessei o túnel, o meu estômago começou a embrulhar. Mais do que veloz, corri para o Shopping Passeio. Para o meu azar, todos os banheiros estavam ocupados. E agora? A solução foi voltar correndo para o estacionamento de bicicletas. 

Com passadas rápidas e suando muito frio, eu cheguei do outro lado em questões de minutos. A preocupação maior era que, de vez em quando, eles têm o problema da falta d’água. "Dá descarga, é preciso. Meditar, nem sempre é preciso". Agora, eu brinco, mas, na hora, a situação era desesperadora. Ufa!!! Cheguei a tempo. E para minha sorte, tinha água. Ou será que a sorte foi deles?

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