Há dias que venho
percebendo a tristeza de alguém. Geralmente, quando isso acontece, eu acabo
ficando triste também. Ela é uma pessoa de astral lá em cima. Parece até que
está ligada o tempo inteiro na tomada.
Para mim, é muito difícil
aceitar esse tipo de situação. É que eu não consigo acreditar que uma pessoa
tão elétrica tenha momentos de angústia. Já até pensei em fazer algum tipo de
brincadeira com ela, achando que tudo não passa de uma grande piada. Mas o
melhor é respeitar e não interferir.
Foram pequenos gestos que
me levaram a perceber que ela não está nos seus melhores dias. O ser humano é
assim. Ele vai deixando pistas pelo caminho. E bem dizia aquela célebre frase que eu li num encarte do disco Extrãno do Nenhum de nós: a arte deve ser como um espelho que nos revela a nossa própria face.
Como eu não tenho o mínimo
talento para animar quem quer que seja, eu prefiro não me meter nessa história.
No momento, a meu ver, ela não quer solução para nada. O que ela mais quer é ser
compreendida. E eu bem sei porque ela está assim, meio down. Mas, para não passar em
branco, se eu pudesse, daria um abraço bem forte nela. Só um? Por que não,
vários: 2, 3, 4, ... até essa tristeza se
dissipar de vez? Eu sempre fui perdulário mesmo.
Com essa situação, eu
cheguei à seguinte conclusão: toda tristeza tem data de validade preestabelecida e tudo se transforma num piscar de olhos. Está vendo? Já
passou.
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