segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O fim do mundo



 
cabelinho cortado pela minha grande amiga Paula Dias


Ainda agora, eu estava lendo Miguel Falabella. Suas crônicas tem um tom todo introspectivo, por isso é que eu me deleito tanto nelas. Mas não era sobre isso que eu queria escrever. O que eu quero mesmo é falar sobre os meus cortes de cabelo. Eu só toquei nesse assunto porque esse final de tarde me convidou para tirar uma pausa para leitura, esse prazer que tanto me agrada.

Como de costume, uma vez por mês, eu corto o meu cabelo. Não sei ao certo, mas devo ter cortado por pelo menos uns 7 anos com a mesma pessoa. Conversávamos bastante, mas não chegamos a criar nenhum vínculo de amizade (pelo menos de minha parte), até que, por motivo de força maior, ela teve que mudar de endereço, fato que me obrigou a procurar um outro salão de beleza. 

Confesso que não foi nada fácil achar alguém em meio a tantos salões por aí. Cheguei a cortar o cabelo com duas moças, mas não fiquei satisfeito.  Felizmente, depois de várias peregrinações,  não só encontrei um salão bastante aconchegante como também uma ótima profissional. Posso até dizer que ela não é nem minha cabeleireira, mas, sim, uma amiga. E, com certeza, teremos vida longa nessa relação de amigo-cliente.

Dessa última vez que eu estive com ela, a conversa caiu para um lado um tanto filosófico. É que com essa história de “fim do mundo”, segundo a profecia da civilização Maia, não tinha como não fugir do assunto. Ela me perguntou o que eu faria se realmente soubesse que o mundo iria acabar. Eu disse que não sabia, pois não era nada apegado ao futuro, ou seja, simplesmente continuaria vivendo normalmente. Mas, depois, pensando bem, acabei dizendo que, no máximo, eu iria procurar os meus amigos e familiares mais queridos, para me despedir.
Paula dias, minha personal hair

Terminado o corte e essa conversa  escatológica, eu saí de lá me sentindo um modelito pré-fabricado pela novela "Malhação", de tão bonito. E fiz sucesso, pois até quem eu não imaginava curtiu a minha foto, de visual novo, quando a coloquei na rede social. E com direito a  "Hummmmmm"!!!

Enquanto eu estava lendo as crônicas do Miguel, acabei reconsiderando aquele pensamento fraternal. Se me fosse permitido, o que eu faria era viajar a bordo de um belo Cruzeiro, rodeado por mulheres me paparicando. E o mundo lá fora que se acabe.

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