Qualquer pequena luz para mim é festa e
me ilumina.
Na
semana passada, eu voltei a ler a poesia de Bruna Lombardi. Confesso que, mesmo depois de ter lido várias
vezes os seus versos, ainda não consegui dar uma definição única para eles. E
isso tem me intrigado bastante.
Até já
veio alguns termos na minha mente, tipo assim: rebeldes, irônicos, subversivos,
irreverentes, clandestinos, provocantes, indomáveis. Depois, pensando um pouco mais, cheguei à conclusão de que eles também são atrevidos e indisciplinados, pois não respeitam a
ordem natural das coisas, a ponto de Bruna dizer que no final do filme fica do lado do bandido. Não sei, mas desses que eu acabo de citar, acho que "rebelde" é o mais apropriado.
Já
ia me esquecendo: eles também têm um lado enigmático e trazem no seu cerne uma
sensualidade que busca a libido fora de todos os limites e padrões, deixando transparecer uma veia vermelha e insaciável.
Tentei domar, disciplinar
Não consegui
Cedi na primeira noite
enluarada no fundo do quintal, atrás da caixa-d’água.
De certo mesmo, só uma coisa: é que essa beldade das telinhas, através de seus versos, me passou a ideia de uma
mulher decidida e muito racional na forma como enxerga a vida. E ela tem um quê de "navegar é preciso" muito à flor da pele. Pode até cair uma bomba ao seu lado, que ela não se abala. Enfim, essa atriz é bem
diferente de tudo o que eu pensava.
Aqui encerro com um verso que representa bem o que eu tentei (sem sucesso) definir:
você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso
eu adoro voar.
Obs:
Hoje, Bruna Lombardi está com 62 anos. Eu poderia escolher fotografias de
qualquer período de sua vida. Enfim, ela é LINDA em qualquer tempo e estação... de trem.
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