Não consigo entender porque chamam de aniversário uma data tão trágica. É só se aproximar setembro, que a imprensa começa a lembrar, o ataque terrorista, de 11 de setembro, nos Estados Unidos. E como esse ano faz dez anos daquela tragédia, estão chamando de aniversário. Eu sei que é apenas uma forma de se expressar, mas não custa nada dar a notícia de uma outra forma. Pelo que me consta, aniversário é para celebrar, festejar, enfim, marcar um momento especial na vida de alguém, ou algum evento histórico.
Lembro que quando aconteceram os ataques, a minha prima Elaine se encontrava aqui em casa. Ela é uma prima do sul, por parte da família de meu pai, que estava nos visitando. Ficamos horrorizados, assistindo pela televisão aquela cena de terror, sem entender nada. Só depois que o apresentador comunicou que eram dois aviões, que eu fui me dar conta de que a segunda colisão não era um replay. Por alguns segundos, eu tive essa impressão.
No decorrer do dia, através dos jornais, é que ficamos sabendo quem era o autor daquela insanidade. Eu nunca tinha ouvido falar no tal de Bin Laden. Porém, Elaine, me dissera que ele era um dos principais terroristas do mundo.
Amanhã faz dez anos dessa data trágica. Se não me engano, foram quase 3mil mortes. As duas torres se desfizeram em pó. Pareciam castelos de areia. Nesses últimos dez anos, sempre quando entra setembro, vem aquela neurose nos americanos. Todos ficam com medo de mais um ataque terrorista. Eles ficam de alerta máximo em todos os aeroportos, linhas de metrô, enfim, por todos os lados.
Eu ia escrever sobre as datas que eu não tive o cuidado de marcar no calendário. Na folhinha dos tempos idos não tem nenhum X , para eu lembrar que eu fui feliz em determinado dia. Ou seja, data e hora ficaram no esquecimento. Esse é um fato que volta e meia me afligi. Seria um prazer enorme saber a data e a hora daquele golaço que eu fiz no campinho da minha infância.
O meu texto ganhou outros contornos. Eu poderia ser mais detalhista em relação às Torres gêmeas, mas não era esse o propósito. Para quê ficar detalhando um episódio tão triste? A idéia era registrar as minhas datas, mas fica para a próxima.
Agora, o que resta, é apenas um X invisível, riscando o número 11, no mês de setembro, apontando que o ser humano é mau.
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