sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval




Carnaval é o ano inteiro. Penso que tem muita gente mascarada por aí. Eu mesmo uso as minhas máscaras. Explico: para certas pessoas é preciso dar uma de bobinho. Ou seja, não vamos dar a nossa melhor parte para qualquer um. Faço isso principalmente com gente debochada e invejosa.

Para falar a verdade, o ser humano está sempre representando. No trabalho, o sujeito faz o papel do chefe autoritário, mas nas confraternizações da empresa, acaba sorrindo e passando a idéia de que é amigo de todo mundo. Seria um alter ego?

Mas é dentro do lar que essas múltiplas faces se apresentam com mais veemência, pois por mais que se tenha convivência com determinada pessoa, nunca se chegará a saber quem ela  realmente é. O marido, com a esposa, é um santo canonizado, mas fora, ele é o garanhão, o cara que conquista todas. Com os amigos da farra, ele é sorridente e pervertido, mas quando está próximo de seus próprios pais, é sério e compenetrado, ou seja, representa o filho exemplar.  

O ser humano é assim: adora um teatrinho. Se está brincando com uma criança, acaba se fazendo de criança também. Então, podemos perfeitamente dizer que o ambiente em que transitamos  tem fundamental influência na transformação da nossa personalidade. Ou seja, para cada situação, uma pessoa diferente. Será que o Silvio Santos é daquele jeito em casa também?
Sem falar que, quando a realidade não  agrada, nós temos a necessidade de inventar personagens, para esconder as nossas angústias, limitações e, principalmente, trazer holofotes para nos deixar em evidência. 

Enfim, somos todos artistas de uma novela que não tem fim.
Porém, uma ressalva:  as pessoas só não conseguem representar diante  do espelho.

Obs: Existem algumas pessoas que não são do Paraguai, tem selinho, mas são falsas.
Em outras palavras, ratas demais para o meu gosto.

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