Depois que eu comecei a
escrever textos, eu fiquei com receio de me expressar através das poesias. Isso
está acontecendo porque, nos versos, eu me exponho mais. Ali, não há como colocar
o pé no freio. Ou seja, não se pode nunca ser metade.
De fato, de uns tempos para cá, eu estou mais recluso em termos de sentimentos. Até mesmo para mim, não estou querendo me abrir. Mas hoje me deu vontade de falar sobre o quão é bom se sentir admirado. O problema é que eu esbarrei em uma sórdida incapacidade: a falta de inspiração para me expressar no formato texto.
Então, por
que não em forma de versos? A poesia a seguir trata exatamente disso: carinho, amizade e
admiração.
Alguém sabe mensurar esses sentimentos? Eu sei.

Vidas
passadas
Aquele grito histérico de
fã foi para mim.
(eu tenho muita certeza disso)
(eu tenho muita certeza disso)
Aquele brilho no olhar era verdadeiro.
(as provas são irrefutáveis)
(as provas são irrefutáveis)
Tudo foi real.
Até as digitais daquela
veneração ficaram nas paredes
do meu coração.
A mão?
Agora é uma outra mão
demonstrando um carinho profundo
no simples gesto de alisar
o meu braço enquanto conversava ao telefone.
E eu ainda ouço o som do
vinho caindo dentro da minha taça naquele Domingo de outubro 14.
E essa atitude prazerosa de servir veio
misturada com sentimentos de admiração, amizade e uma certa dose de terna gratidão, por eu estar ali fazendo companhia.
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