A nossa intimidade faz parte de um
código imutável.
Até quando esses catadores mexem no
nosso lixo nos
deixa constrangidos.
Entendo a necessidade dos catadores, mas eles fazem uma bagunça danada no nosso lixo. Fiquei pensando nisso quando estava separando o que iria ser descartado nessa manhã de quinta-feira. E qual foi a minha surpresa quando me dirigia ao portão da casa para levar duas sacolas para a coleta semanal? Um sujeito fuçando o lixo da vizinhança atrás de material reciclável.
Agora,
eu pergunto: Cadê a nossa privacidade? Nem no lixo estamos livres. Certamente,
vai descobrir os meus hábitos: o que eu como; como eu cago, se cheira mal ou
não; que tipo de remédio eu tomo. E até vai brincar de quebra-cabeças com
aquela carta que eu rasguei.
A
vontade que eu tive na hora era de chegar perto daquele sujeito e dizer para
não mexer no meu lixo. Confesso que fiquei com muito receio de ele tocar ali. Porém,
segui o meu caminho com aquele pensamento batido: o que os olhos não veem, o
coração não senti.
Já
disse para algumas pessoas que eu gosto de assistir a TV Senado e a TV Justiça.
Eles riem e me olham torto. Porém, não me importo. Mas vejo tanto pelos
assuntos como também por conta daquela linguagem mais rebuscada. E nesse
tocante, os ministros do STF são imbatíveis.
Joaquim
Barbosa, o nosso nobre presidente da corte maior do país, prima pelo seu poder
de persuasão nas palavras. Aliás, não posso fazer nenhum tipo de injustiça,
afinal, todos os juízes do supremo são muito bem articulados. O que me
impressiona é um pouco o excesso de refinamento no vocabulário. Seria um
exagero sem necessidade? De maneira nenhuma. Isso faz parte da natureza deles.
Mas voltando ao nosso grande ministro Barbosa. Ele, certa vez, se sentindo
perseguido por um repórter, soltou essa: Vai chafurdar no lixo!
Eu
queria ver a cara desse repórter quando ouviu isso. Enfim, deve estar até hoje
sem entender nada.
E
se você quer saber o que é chafurdar, vai lá no google, porque eu não vou dizer
o que é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário