quarta-feira, 20 de março de 2013

Elis Regina



Apesar de eu partilhar de outra crença, eu gostei muito desse novo papa, o Francisco. E não me interessa se o associaram à ditadura militar. O que me importa, no momento, é que eu vi nele um sujeito carismático, bem-humorado e popular. Enfim, se me fosse permitido, eu tomaria um café com ele.

A verdade é que está tudo tão esquisito, hoje em dia, que nós, incrível!, andamos ressabiados de dizer que gostamos de certas pessoas. Então, nós inventamos mil desculpas para disfarçar sentimentos, entende? Nós inventamos que somos tímidos e que não encontramos jeito de dizer... Nós inventamos que estamos ocupados e que um dia teremos tempo de sentar e conversar. Mas, de repente, nos tocamos que não tem mais nada para ser feito. É tarde pacas! quer dizer: eu não acho que seja tarde, porque eu acredito que nada acaba aqui. Isso aqui é uma passagem. Nós viemos para cá porque temos que melhorar. Nós viemos para ficarmos um tempo, fazendo coisas, acrescentando uma bagagem grande, para depois transar uma outra vida melhor, porque, realmente, só essa não haveria sentido. Eu acredito que não é só isso! Mas de qualquer forma é muito triste as pessoas só saberem que nós gostamos delas depois que elas se foram. Eu não sei se vocês me entenderam. Talvez eu não tenha me feito entender direito. 


Eu estou sabendo que quem eu admiro está por aí. E, evidentemente, ela deve estar muito precisada de coisas boas. Mas, infelizmente, por contingências da vida, eu não posso dizer o quanto eu gosto dela.

Obs: a segunda parte desse texto eu transcrevi de Viva-voz de uma entrevista que Elis Regina deu para o programa Ensaio, da TV cultura. E é verdade! Tem muita gente escondendo o jogo, com medo de expressar sentimento. Não sei por quê? É tão nítido que por trás de algumas palavras negativas se encontra um carinho e uma vontade especial de se querer para sempre. 

Eu tenho uma amiga que fez pouco caso de seu "namorido" para mim. Inclusive, colocou a língua para fora e fez cara de nojo. Como tenho grau de intimidade com ela, na ocasião, eu  a presentei com um batom e um sombra, dizendo que era para ela ficar bem bonita para o seu companheiro. Ela não gostou do que eu disse e  logo em seguida fez o tão fatídico esgar.  Nada disso! Enfim, as palavras dizem não, mas o olhar diz... Sim!

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