sábado, 25 de junho de 2011

Não era apenas um sonho

Hoje, entre quatro e seis horas da manhã, eu revivi os versos de Maurício Manieri: “Eu ontem tive um sonho, sonhava que você beijava a minha boca, era tão bom... Ia me deixando louco. Pena que isso tudo era só sonho...”.
Foi um sonho tão real, tão real, que eu chegava a sentir o calor do corpo dela. Já havia acontecido comigo antes, mas não tão autêntico.

Eu sei que no sonho a gente acaba tendo as percepções de olfato, paladar e tato muitas vezes. Só que, desta vez, foi muito palpável: Eu, no chão, e ela por sobre o meu peito. Toda aquela emoção me invadindo, me deixando extasiado. Acredito que se fosse no mundo real não teria sido tão profundo. É verdade! Nunca fiquei tão impressionado com um sonho. Aqueceu o meu corpo, minha vida, enfim, tudo ao meu redor.

Mas o que será que despertou esse sonho? Descobri! Foi a fotografia. Aquele movimento parado no tempo olhando para o horizonte. Na certa estava pensando num futuro promissor na hora do clique. 

É assim que acontecem os sonhos: uma imagem que a gente vê entra no nosso inconsciente e traz à tona um mundo surreal.  Também sei que o sonho explicita os nossos desejos. Ou seja, quando a gente quer muito uma coisa, acaba sonhando com ela.

“... não é mais sonho nada...”  Passei o dia cantando essa música. Mas para falar a verdade, nunca a quis de verdade. Era mais medo do que desejo. Quem realmente enlouquecia era ela. Quem me olhava era ela. Ela que ficou apaixonada. E paixão, a gente sabe: é cega. Eu só ficava no meu canto ponderando os fatos, pesando na balança os prós e os contras.

Hoje, se ela me vir andando pelas ruas não vai nem saber quem eu sou. Tenho certeza.
Aí, já não é um sonho, é o pior dos pesadelos.

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